Carlinhos Brown e Orquestra Ouro Preto retornam à Concha Acústica, em Salvador

 (Crédito Barbara Paschoa)
Sucesso absoluto por todo o Brasil, o concerto Afrossinfonicidade volta à cidade no dia 18/10 para marcar o primeiro ano da parceria

Há encontros que não se explicam, apenas se celebram. Desde que Carlinhos Brown e a Orquestra Ouro Preto dividiram o palco pela primeira vez, nasceu uma irmandade que ultrapassa fronteiras: a percussão baiana abraçou os violinos mineiros, e dali surgiu uma linguagem nova, feita de corpo, coração e ancestralidade.

Foi assim em Ouro Preto, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e em todos os lugares por onde a caravana passou. Apresentações que arrastaram multidões e se transformaram em grandes festas populares, daquelas que ficam gravadas na memória coletiva. Onde Brown e a Orquestra chegam, o público responde como em procissão de alegria: braços erguidos, vozes em coro, emoção à flor da pele.

No dia 18 de outubro, às 19h, é a vez da Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, receber novamente esse espetáculo que já nasce com as virtudes de um clássico. A Bahia, que viu nascer Brown no Candeal, acolherá mais uma vez o filho da terra entrelaçado com a potência da Orquestra regida por Rodrigo Toffolo.

No repertório, sucessos que ecoam nos quatro cantos do país, como “Amor I Love You”, “Já Sei Namorar” e “Vilarejo”, ao lado de canções que revelam a força poética do compositor, como “Segue o Seco”, “Maria de Verdade” e “ECT”. Não faltarão também os hinos dançantes “Quixabeira” e “A Namorada”, todos revisitados em arranjos grandiosos de Paulo Malheiros, onde atabaque, timbales e berimbau conversam com as cordas sinfônicas.

Para o maestro Rodrigo Toffolo, essa união é um gesto de brasilidade em estado puro. “Brown é um dos maiores cronistas musicais do nosso tempo. Traz a baianidade, a força dos terreiros, o batuque do carnaval. A Orquestra, por sua vez, leva a música de concerto para além dos muros habituais. Juntos, mostramos que não há fronteiras para a música feita com alma e dedicação”.

Brown, com a verve que só ele tem, devolve em poesia. “A música é sempre encontro, e quando é verdadeiro, vira união. O que estamos fazendo com a Orquestra Ouro Preto é mais que um concerto: é uma celebração da vida, do povo e daquilo que nunca se apaga”.

Na Concha, onde o céu de Salvador serve de teto e a cidade inteira cabe dentro de um canto, o espetáculo promete ser, mais uma vez, inesquecível. Será um rito coletivo, uma noite de axé e sinfonia, memória e futuro. Minas, Bahia e Brasil.

Carlinhos Brown se apresenta no São João da Bahia

Carlinhos Brown, nome fundamental para a cultura brasileira e mundial, estará na programação do São João da Bahia, com apresentação marcada para o dia 2 de Julho, data magma para a cultura brasileira. No mesmo dia, se apresentam também nos palcos do festival, a cantora Daniela Mercury, m os cantores Flávio José, Escandurras, Luan Santana, Murilo Ruff, André e Mauro, além das bandas Psirico, Seu Maxixe e Estakazero.  

No show, o cantor, compositor e multiinstrumentista apresentará releituras de sucessos que marcaram sua trajetória musical, e estará acompanhado dos músicos Jaguar Andrade, Lucas Vinicius, Abará, Danilo Gualberto e Raysson Lima, além de Thiago Pugas, seu coprodutor e parceiro fiel.  No repertório do São João da Bahia, sucessos como “Diáspora”, “Você, o Amor e Eu”, “A Namorada”, “Magalenha” e “Ginga de Balé”.

Ao longo destas quatro décadas dedicadas à música, Carlinhos Brown, que completará 60 anos em novembro de 2022, consagrou-se como cantor, compositor e multi-instrumentista, e também por suas revitalizações rítmicas, sua atuação como arte-educador, e pela exuberância das suas performances.

Carlinhos Brown está entre os precursores do movimento Axé Music, criou o grupo Timbalada, Os Zárabes, a Bolacha Maria, o Vai Quem Vem, a Pracatum, o Guetho Square, o histórico e lendário estúdio Ilha dos Sapos, o Museu du Ritmo, o Selo/Editora Candyall Music, entre outros milhares de projetos, além de contabilizar mais de 800 canções registradas e mais de mil gravações cadastradas no banco de dados do Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição.

Em fevereiro de 2022, lançou novo álbum com releituras inéditas de grandes clássicos autorais carnavalescos, trazendo novos arranjos, batizado “SIM.ZÁS”. Em junho, Carlinhos Brown lançou o Álbum Eletrotribalistas, reunindo seis músicas dos dois discos do trio formado há 20 anos por Arnaldo Antunes, Marisa Monte e ele.

Entre 2020 e 2021, o músico lançou outros quatro álbuns: “Axé Inventions – Àjààlà”; “Umbalista” e “Umbalista Verão”, álbuns que reúnem grandes sucessos e versões inéditas em sua voz de composições autorais consolidadas na voz de outros artistas; e o álbum infantil “Paxuá e Paramim em: A floresta dos rios voadores”, reunindo 10 canções com mensagens de preservação do meio ambiente, que também fazem parte do Programa de Pertencimento Ambiental, que apresenta cartilhas educacionais infantis com a turma do Paxuá e Paramim.

Responsável por reposicionar a música percussiva no cenário nacional, Carlinhos Brown é o primeiro músico brasileiro a fazer parte da Academia do Oscar e a receber os títulos de Embaixador Ibero-Americano para a Cultura e Embaixador da Justiça Restaurativa da Bahia. Além de compositor, cantor, arranjador e multi-instrumentista, é também artista visual e técnico das três versões brasileiras do The Voice.  

Ao longo de uma potente trajetória artística, o Mestre já formou mais de 15 mil músicos espalhados pelo mundo, sempre desenvolvendo ricas e significativas conexões com suas raízes ancestrais. Entre os diversos prêmios recebidos em toda carreira, destacam-se um Prêmio Goya, 2 Grammy’s Latinos e 08 indicações, além do troféu entregue em reconhecimento à sua atuação como arte-educador pela ISME – Sociedade Internacional de Educação Musical.

Em 2022, entre outras novidades, Carlinhos Brown vai assinar a trilha sonora da nova adaptação de Orfeu Negro para a Broadway, ao lado da cantora e compositora norte-americana Siedah Garrett. Com estreia prevista para a temporada 2023-2024, Orfeu Negro será o primeiro musical brasileiro na história da Broadway.

Créditos Imagem: Touché